O genótipo de mutação acomete entre 5-11% dos casos de síndrome de Angelman. Existem diferentes tipos de mutações no gene UBE3A, ou variantes, como as descritas abaixo.
Se você tiver dúvidas sobre a síndrome de Angelman ou os tipos de mutação, consulte um geneticista ou um neuropediatra experiente em doenças raras. O texto deste site não substitui orientação médica profissional.
Aconselhamento genético pode ser útil para avaliar o risco de recorrência em famílias com histórico da síndrome.
Testes genéticos pré-natais podem ser considerados em casos específicos.
National Institute Genome Research Institute https://www.genome.gov/genetics-glossary
Angelman Syndrome Foundation: https://www.angelman.org
NIH National Library of Medicine - Angelman Syndrome: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK560870
GeneReviews - Angelman Syndrome: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1144
Uma mutação missense ocorre quando uma alteração de um único par de bases leva à substituição de um aminoácido por outro na proteína resultante. Este tipo de mutação pode ter efeitos variados na função da proteína, desde nenhuma mudança significativa até uma perda de função completa, dependendo da importância do aminoácido alterado para a estrutura e função da proteína.
Simplificando: na variante missense há uma mudança nos nucleotídeos que resulta na troca de um pedaço da proteína, chamado aminoácido, por um aminoácido diferente. Em alguns casos, uma variante missense ainda permite a produção de alguma proteína UBE3A, embora dependendo da localização da variante, a proteína possa não ser funcional. Se a proteína UBE3A ainda tiver alguma função, este indivíduo pode ainda apresentar menos sintomas ou sintomas de menor gravidade.
Uma mutação nonsense também é uma alteração de um único par de bases, mas resulta em um códon de parada prematuro. Isso interrompe a tradução da proteína, geralmente levando a uma proteína truncada que é muitas vezes não funcional.
Simplificando: na variante nonsense um sinal STOP é inserido no gene. Como resultado, quando as células estão lendo o gene, elas param naquele local do gene e o restante do gene após o sinal de parada não pode ser lido. A proteína UBE3A produzida é normalmente pequena, não funcional e rapidamente decomposta pelo corpo.
Uma mutação frameshift é causada pela inserção ou deleção de uma quantidade de bases que não é múltipla de três. Isso altera o quadro de leitura do RNA mensageiro durante a tradução, potencialmente alterando toda a sequência de aminoácidos a partir do ponto da mutação, muitas vezes resultando em uma proteína disfuncional ou não funcional.
Uma deleção ou inserção in-frame é a perda ou adição de um número de bases que é múltiplo de três, o que não altera o quadro de leitura (frame) do gene. Embora o quadro de leitura seja preservado, a perda ou adição de aminoácidos pode afetar a função da proteína.
As mutações em sítios de splicing afetam as regiões do DNA que guiam o corte e emenda do RNA pré-mensageiro. Essas mutações podem levar à perda de um exon, inclusão de um íntron, ou a criação de um novo sítio de splicing que altera o RNA mensageiro e, por consequência, a proteína.
Os tipos de mutação elencados não excluem outras possibilidades. A pesquisa científica continua a explorar como diferentes mutações e variantes afetam a função do gene UBE3A e contribuem para o espectro de fenótipos observados em desordens neurodesenvolvimentais.