Blog GAMAS
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ÍNDICE DE POSTAGENS NO BLOG:
Blog Post escrito por Lilian - mãe de um menina que vive com a síndrome de Angelman
Ser mãe é uma jornada intensa, cheia de aprendizados e emoções. Mas ser mãe de uma criança com síndrome de Angelman é mergulhar em um universo onde os desafios diários se misturam a pequenas vitórias que brilham como grandes conquistas.
Desde o diagnóstico, minha vida se transformou. No início, foram muitas dúvidas, medos e incertezas. Como seria o futuro? Como eu poderia proporcionar a melhor qualidade de vida possível para minha filha? Aos poucos, percebi que cada dia trazia suas próprias dificuldades, mas também momentos únicos de amor e superação.
A rotina exige muito. As terapias, consultas médicas e a necessidade de cuidados constantes fazem parte do nosso dia a dia. Há desafios motores e cognitivos, que tornam algumas atividades mais complexas e exigem paciência e dedicação extras. Nem sempre ela consegue expressar o que sente ou precisa, o que pode gerar frustrações, para ela e para mim. Às vezes, o cansaço bate forte, e confesso que tem dias em que me sinto sobrecarregada. Mas então, vem um abraço apertado, um olhar cheio de amor ou uma risada espontânea que ilumina tudo ao redor, e é nesses momentos que encontro forças para continuar.
Ana Clara é esperta, entende tudo à sua maneira e tem um jeito único de se comunicar. O mundo pode até ver suas limitações, mas eu vejo sua essência vibrante, cheia de alegria e vontade de viver. Cada pequena conquista dela é uma grande vitória para nós. Um novo gesto, uma nova forma de interagir, um pequeno progresso na autonomia, tudo é celebrado com emoção.
E em meio a todas essas conquistas, guardo dentro de mim um sonho: o dia em que ouvirei sua voz me chamando de “mamãe”. Imagino esse momento tantas vezes… Sei que pode nunca acontecer da forma tradicional, mas não perco a esperança. Até lá, sigo escutando seu amor em cada abraço apertado, em cada olhar brilhante e em cada risada gostosa que ilumina nossos dias.
Ser mãe e cuidadora ao mesmo tempo significa equilibrar amor e dedicação com cansaço e preocupações. Mas acima de tudo, significa viver uma história de amor incondicional, onde cada desafio enfrentado vale a pena quando vejo o brilho nos olhos da minha filha. Ana Clara me ensina todos os dias sobre paciência, resiliência e, principalmente, sobre a beleza de enxergar a vida com o coração.
E se tem algo que eu aprendi ao longo desses anos é que, apesar dos obstáculos, minha filha é minha maior inspiração. Ela não desiste, e eu também não. Seguimos juntas, vivendo um dia de cada vez, celebrando cada sorriso, cada abraço apertado e cada nova conquista. Porque no final, o que realmente importa é o amor, e isso, temos de sobra .
Blog Post escrito por Ariane - mãe de um menino que vive com a síndrome de Angelman
É saber após o diagnóstico que estarão juntos até o fim da vida.
É saber que a rotina é primordial para o avanço no desenvolvimento.
É saber que qualquer balbuciar ou simplesmente pegar um objetivo é motivo de comemoração.
É saber que talvez nunca ouça a palavra Mãe ou Pai vinda dele, mas o amor e carinho é sempre demonstrado através de um toque meio sem jeito ou um olhar.
É vivenciar a alegria constante do acordar até dormir.
É descobrir que não estamos sozinhos nesta caminhada.
É agradecer ele, por ter nos escolhido nesta vida, a participar dessa descoberta e conquista diária.
Ser mãe de uma pessoa com síndrome de Angelman é ser e ter uma gratidão eterna!
Blog Post escrito por Thaisi - mãe de um menino que vive com a síndrome de Angelman
Nosso filho Lucas de 6 anos frequentou uma Escola da linha montessoriana desde 1 ano e 8 meses e o momento de ingressar no ensino fundamental chegou!
A nova escola, os novos amigos, os novos professores e acolher toda essa mudança foi um super desafio para ele e para nós enquanto família.
O que mais nos angustiava era pensar em como seria a inclusão dele nesse novo ambiente e para facilitar isso decidimos fazer um livrinho sobre o Lucas para presentear os novos colegas de sala.
O objetivo do livro foi conscientizar as crianças e as famílias a respeito da condição do Lucas. Explicar as dificuldades que a síndrome de Angelman traz, dividir as conquistas que ele já teve, buscar empatia nas coisas que ele ainda precisa de auxílio e alertar para os tipos de brincadeira que os coleguinhas precisavam cuidar.
Clique para visualizar o PDF do livro criado pela Thaisi, mãe do Lucas, um menino que vive com a síndrome de Angelman
No primeiro dia de aula levamos na mochila dele 30 cópias desse livrinho, pedimos para a professora ler para a turma quando fosse o momento do Lucas se apresentar e pedimos para ela entregar um para cada criança levar para casa no intuito de estender esse conhecimento aos familiares.
O resultado dessa ação tão simples foi fantástico e os benefícios rapidamente foram percebidos.
A escola ficou feliz com o material e nos disse que facilitou muito a inclusão dele na turma porque os colegas entenderam o que acontece com ele e os Pais nos acolheram de uma forma muito carinhosa.
Hoje o Lucas é conhecido na escola como “O LUCAS DO LIVRO” e assim começamos com o pé direito a escrever uma nova página na vida desse nosso campeão.
Incluir é papel de todos e trabalhar de mãos dadas com a escola é sempre o melhor caminho.
Sou muito grata ao C.E.M. de Balneário Camboriú/SC, muito grata às professoras Iara e Ana Paula e principalmente à professora de Educação Especial Daiane que já adaptou os materiais e juntas estamos dando largos passos.
Blog Post escrito por Fernanda Incote - co-fundadora e diretora executiva da GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman e mãe de uma menina que vive com esta síndrome
Dra Mara Lúcia Schmitz Ferreira Santos, a equipe do Ambulatório de Doenças Raras do Hospital Pequeno Príncipe e o o Multiplica HPP organizaram o 9º Encontro do Pequeno Príncipe de Doenças Raras no mês de fevereiro, em alusão ao Dia Mundial das Doenças Raras.
Foram realizadas 5 aulas abertas ao público com temáticas diversas sobre doenças raras. No dia 24 de fevereiro o tema foi "Neurologia e Doenças Raras - a Importância de Novos Tratamentos. Síndrome de Angelman, Rett e Prader-Willi".
À convite da Dra Mara, Fernanda Incote apresentou brevemente as características da síndrome de Angelman e fez seu relato como mãe de uma menina que vive com esta condição e também como diretora-executiva da GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman. Assista no YouTube.
No dia 25 de fevereiro o Hospital Pequeno Príncipe sediou o encontro presencial que discutiu "A Transição da Criança para o Adulto Raro". O debate contou com a presença de diversas autoridades, instituições, organizações do terceiro setor e profissionais da saúde, educação e assistência social.
A preocupação do Hospital Pequeno Príncipe é grande no momento de transição do serviço pediátrico para o de adulto, tendo em vista a escassez de profissionais que tratem da população acima de 18 anos com o mesmo know-how que os serviços pediátricos oferecem. A transição é muito difícil tanto para pacientes e familiares, quanto para os profissionais da saúde. Pensando nisso, o HPP tem buscado apoio para viabilizar a ampliação de sua capacidade de atendimento.
Blog Post escrito por Margareth - Angelman advocate e mãe de um menino que vive com esta síndrome
Fotografia da Deputada Estadual Andréa Werner recebendo os ofícios pelas mãos das mães e Angelman advocates Priscila e Margareth.
"Acredita na tua força" esta frase foi a que eu tirei em um potinho em um dia que foi preciso superar e acreditar que seria capaz de realizar algo totalmente fora da minha rotina. E eu consegui, fui capaz de realizar um pequeno ato de ADVOCACY, pelo meu filho e toda a comunidade de Síndrome de Angelman.
Advocacy é um processo de defesa e argumentação que visa influenciar a formulação e implementação de políticas públicas.
Todo o processo para conseguir realizar esse ato não foi nada fácil. Algumas barreiras foram necessárias vencer:
para mim é muito difícil delegar funções em relação ao meu filho, eu gosto de fazer tudo. Ele tem apenas 4 anos, a rotina é puxada, conciliando as tarefas de casa e do trabalho. Sou muito grata ao meu marido por assumir as tarefas, me incentivar e mostrar que é possível;
superar a timidez. Entender que conversar, se apresentar e explicar seus pedidos é nosso direito e está totalmente certo;
dar com a ansiedade, entre outros sentimentos.
A adrenalina no dia que realizamos tal ato estava elevadíssima. Mãos transpirando, coração acelerado, pernas tremendo.
Mas nós conseguimos! Nós, pois não estava sozinha, tinha pessoas ao meu lado me ajudando. Obrigada Priscila por estar ali neste momento, nós conseguimos! E sei que foi muita superação para você também.
Obrigada Fernanda e GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman, pelos documentos tão bem escritos, pelo material, tudo isso foi essencial para sermos ouvidas. E principalmente obrigada por me ensinar, treinar, me preparar para o dia, todas as suas falas, dicas foram essenciais.
Então mães, saiam da bolha! Ninguém tem obrigação de fazer nada, mas se você tiver vontade, vá atrás de pessoas que te ajudem, te orientem, te incentivem e acredite na tua força.
Ver os resultados começando a surgir é maravilhoso! É um sentimento de gratidão, de felicidade. E além disso, me mostra que nós mães temos poder, somos ouvidas.
Fica a dica de uma mãe que cada dia se supera, se descobre: Saia de dentro da sua bolha e acredite na tua força!
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Observação GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman: Temos muito o que fazer para ampliar a conscientização sobre a Síndrome de Angelman na sociedade brasileira. O advocacy é um processo fundamental para sensibilizar parlamentares e gestores públicos sobre as necessidades dos indivíduos com Síndrome de Angelman e suas famílias, dando maior eficácia e efetividade às políticas públicas.
Graças ao empenho e dedicação das incríveis mães Priscila e Margareth, alcançamos um marco significativo: no dia 26 de setembro, entregamos dois ofícios à Deputada Andréa Werner, do estado de São Paulo.
Temos a alegria de compartilhar que o gabinete da deputada já protocolou na ALESP o Projeto de Lei em atendimento ao ofício que enviamos, cujo objetivo é tornar o dia 15 de fevereiro, Dia Internacional da Síndrome de Angelman, uma data oficial no calendário do Estado de São Paulo.
O segundo ofício que enviamos solicita a iluminação do Palácio da ALESP em azul no dia 15 de fevereiro de 2025, em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Angelman.
Expressamos nossa profunda gratidão à Deputada Andréa Werner pela atenção ao nosso pedido. A oficialização desta data não é apenas um símbolo, mas um passo importante para promover a inclusão e suporte às famílias e indivíduos afetados pela Síndrome de Angelman. Esta iniciativa destaca os desafios enfrentados por nossa comunidade e serve como catalisador para a mobilização contínua por políticas públicas eficazes e garantia de direitos.
Agradecemos imensamente a todos os envolvidos, cujo empenho e sensibilidade foram essenciais para o reconhecimento desta causa vital. Com gratidão e renovada esperança, continuamos comprometidos em plantar HOJE as sementes para um FUTURO MELHOR para a comunidade Angelman.
O Projeto de Lei n° 722/2024 e ambos os ofícios encaminhados à Deputada Andrea Werner pela GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman estão disponíveis para consulta nos 3 PDFs acima.
Blog Post escrito por Fernanda Incote - co-fundadora e diretora executiva da GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman e mãe de uma menina que vive com esta síndrome
Confira abaixo a lista de cidades e pontos iluminados na Campanha 2025 "Vamos iluminar de azul?".
Acompanhe as belas imagens das iluminações no pergil do instagram @gabi.gamas.
Nosso sincero agradecimento à todas as famílias Angelman que participaram ativamente, buscando apoio de iluminação e divulgação em suas cidades. Agradecemos, também, o apoio dos responsáveis pelos locais que estarão iluminados de azul neste dia 15/02/2025, com o objetivo de ampliar a conscientização sobre a síndrome de Angelman no Brasil.
Confira a lista abaixo:
Blog Post escrito por Fernanda Incote - co-fundadora e diretora executiva da GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman e mãe de uma menina que vive com esta síndrome
O terceiro Fórum de Avaliação de Tecnologias em Saúde para Doenças Raras aconteceu em São Paulo/SP. Mais de 200 pessoas participaram presencialmente, mais de 150 acompanharam online em 3 idiomas.
A incorporação de novas tecnologias em saúde, seja na saúde pública ou suplementar, que atendam pessoas com doenças raras ainda enfrenta inúmeros desafios. Isso porque o modelo de avaliação de tecnologias em saúde (ATS) ainda esbarra em critérios e restrições que não consideram por completo as particularidades desses pacientes.
A participação social, por exemplo, evoluiu com novos mecanismos e metodologias de análise e apresentação aos tomadores de decisão, mas o processo ainda segue complexo e, mesmo após decisões favoráveis, novas soluções demoram para chegar de fato aos pacientes.
Esta foi a tônica do 3º Fórum Brasileiro de Avaliação de Tecnologia em Saúde para Doenças Raras, realizado em 12 de fevereiro, em São Paulo, pelo Instituto Unidos pela Vida.
O evento debateu os gargalos do processo de ATS e incorporação, o papel da participação social, a importância do letramento — não só dos pacientes, mas de todos os atores envolvidos — e discutiu temas atuais, como a proposta de uma agência única e as recentes decisões do STF.
Leia a reportagem completa em www.futurodasaude.com.br
(Conteúdo oferecido por Instituto Unidos pela Vida)
Saiba mais em: https://unidospelavida.org.br
Diário Serrano Publicação autorizada por Isabela em 08/02/2025
Acesse: https://www.sindromedeangelman.org
ATENÇÃO FAMÍLIAS ANGELMAN,
SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO É O ÚLTIMO DIA PARA VOCÊ RESPONDER AO FORMULÁRIO DE COLETA DE INFORMAÇÕES SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA. A DATA NÃO SERÁ PRORROGADA!
Acesse: https://www.sindromedeangelman.org
Caras famílias Angelman,
Em 2025 a comunidade Angelman brasileira terá uma audiência pública no Senado Federal.
O objetivo da audiência é ampliar a conscientização sobre a síndrome de Angelman no Brasil, além de debater as necessidades das pessoas que vivem com esta condição.
A participação de todos é muito importante!
Precisamos da colaboração de todas as famílias Angelman para levarmos informações às autoridades em Brasília, buscando avanços nas políticas públicas brasileiras.
Contribua e participe! Preencha agora o formulário:
Preencher a pesquisa pelo computador é mais fácil, a visualização é melhor.
Os voluntários que estão organizando esta iniciativa criaram um site com todas as informações, acesse pelo link: www.sindromedeangelman.org
Os seguintes organizadores estão à disposição para esclarecer qualquer dúvida da comunidade: Priscila, Margareth, Fernanda e Daniel.
Apoiam esta iniciativa:
GAMAS Iniciativa Brasileira de Atenção à Síndrome de Angelman @gabi.gamas
Associação Angelman Brasil @angelmanbrasil
Instituto Cure Angelman @institutocureangelman
Blog Post escrito por Daniel, pai de uma menina que vive com Angelman
Até 31/05 você pode ajudar o RS com bastante dinheiro, sem gastar 1 real a mais para isso. Destine até 6% do seu IR diretamente a Instituições cadastradas nos Fundos Estaduais e Municipais da Criança e Adolescente e da Pessoa Idosa.
Você pode fazer esse dinheiro chegar a Instituições do Rio Grande do Sul, mesmo sendo de qualquer outra região do Brasil. Esse valor destinado irá reduzir o seu imposto a pagar ou aumentar sua restituição de IR. Ou seja, é dinheiro que você irá pagar de imposto (ou já pagou) de todo modo.
Blog Post escrito por Fernanda - Angelman advocate e mãe de uma menina que vive com esta síndrome
A Iniciativa GAMAS participou do II Simpósio Paranaense de Doenças Raras: Conquistas e Desafios. O simpósio teve como objetivo ampliar o acesso a informações cruciais que poderiam influenciar significativamente o diagnóstico e o manejo de pacientes.
O evento foi marcado pela presença de renomados especialistas da comunidade médica brasileira, que participaram de discussões sobre os temas mais recentes com os presentes, incluindo profissionais de Gestão Pública, Educação, Assistência Social, e oferecendo perspectivas através de narrativas de pacientes e famílias.
A Dra. Mara Lúcia Schmitz Ferreira Santos, neuropediatra pioneira no Brasil em diagnóstico e tratamento de doenças raras, destacou aspectos importantes de hipóteses diagnósticas para a síndrome de Angelman que possibilitam aos médicos que possuem este conhecimento dar agilidade ao processo. A médica esclareceu:
"A criança às vezes chega no consultório andando com a base alargada (com as perninhas abertas), sorriso no rosto, com deficiência intelectual e epilepsia de difícil controle... se o médico sabe identificar estes aspectos clínicos ele pode então verificar o padrão do eletroencefalograma, que ajuda no diagnóstico de síndrome de Angelman".
Este encontro destacou a importância de aumentar a conscientização para facilitar o diagnóstico precoce, tratamento e cuidado para os indivíduos raros do Paraná.
Blog Post escrito por Priscila - Angelman advocate e mãe de um menino que vive com a síndrome
Quando pensamos na escola como um lugar onde a criança passa grande parte do seu dia, é fundamental que essa criança tenha acesso ao seu sistema de comunicação alternativa. Para isso, é necessário que seus parceiros de comunicação dentro da escola saibam usar esse sistema.
Nem sempre é fácil levar essa questão para a escola. Apesar da comunicação ser um direito humano, muitas escolas se negam a conhecer e aplicar essa comunicação dentro de seus espaços.
Fui convidada pela coordenadora da escola do meu filho a falar sobre CAA, Comunicação Aumentativa e Alternativa, para os professores, assistentes e quem mais tivesse interesse em aprender mais sobre o assunto. Foi bem desafiador, mas necessário, pois como pais de uma criança com necessidades complexas de comunicação, é nosso papel levar informação à todos os círculos de convivência desta criança. Fiquei nervosa, mas muito feliz em ter essa oportunidade. Numa sala com cerca de 25 pessoas, pude conscientizar um pouco sobre a necessidade não só do meu filho, mas também de outras crianças que possam vir a utilizar a CAA.
A importância desse sistema estar sempre disponível em todos os ambientes foi prontamente atendida. A escola ainda disponibilizou várias cópias do livro de CAA, deixando à disposição das demais crianças, para que elas aprendam a usar também.
Pranchas temáticas referentes aos espaços na escola, como banheiro, biblioteca, parque, cantina, sala de aula, também foram espalhadas para ter CAA em todos os lugares. Além da profissional de apoio sempre carregar o dispositivo eletrônico consigo, para que meu filho tenha a oportunidade de se expressar a qualquer momento. Sabemos que essa não é a realidade da maioria das escolas, mas queremos passar que é algo possível e necessário.
Comunicação é um direito! Precisamos dar voz à nossas crianças!
Blog Post escrito por Fernanda - Angelman advocate e mãe de uma menina que vive com a síndrome
O que é "advocacy"
O termo "advocacy" refere-se ao conjunto de ações destinadas a influenciar políticas públicas, leis e regulamentos em favor de uma causa ou grupo específico. Mais do que uma simples representação legal, o advocacy envolve uma ampla gama de atividades de promoção e suporte, como campanhas públicas, lobbying junto a legisladores, e ações educativas para sensibilizar o público e os decisores sobre as necessidades de uma determinada população. Este esforço organizado busca garantir que as vozes de indivíduos ou comunidades sejam ouvidas e consideradas nos espaços onde decisões importantes são tomadas.
Por que promover advocacy em relação à síndrome de Angelman
A Síndrome de Angelman apresenta desafios que muitas vezes não são plenamente compreendidos pelos formuladores de políticas públicas e pela sociedade em geral. É vital que os representantes eleitos sejam conscientizados sobre as dificuldades cotidianas enfrentadas pelas famílias, para que possam atuar na promoção de pesquisas e melhorias no cuidado. O advocacy coloca essas questões em evidência, educando os responsáveis pela elaboração de políticas sobre as necessidades específicas desses indivíduos e mobilizando recursos para o desenvolvimento de soluções eficazes.
Advocacy pela síndrome de Angelman em Washington D.C.
No dia 7 de março de 2024, a Angelman Syndrome Foundation (ASF) e a Foundation for Angelman Syndrome Therapeutics (FAST) marcaram história ao organizar o primeiro Dia de Advocacy do Congresso para a Síndrome de Angelman em Washington D.C. O evento reuniu 65 defensores de 25 estados e do Distrito de Columbia, que participaram de 111 reuniões com representantes do Congresso. As fundações prepararam os participantes com um treinamento especial na véspera do evento, assegurando que todos pudessem compartilhar suas experiências e as necessidades da comunidade de forma coesa e impactante. Os principais pedidos incluíram a inclusão da Síndrome de Angelman no programa de pesquisa médica do Departamento de Defesa, a adoção de medidas de resultado mais sensíveis pela FDA, e a elaboração de um roteiro para biomarcadores e resultados clínicos pelo NIH.
Famílias devem saber o que pedir e para quem pedir
A exemplo dos esforços em Washington, percebe-se ser fundamental que as famílias impactadas pela Síndrome de Angelman se comuniquem de maneira organizada e clara com os formuladores de políticas. A articulação de um objetivo bem definido e a pressão por prioridades claras em termos de políticas públicas são essenciais para que os legisladores possam compreender e atender às demandas específicas. Essa abordagem estratégica aumenta a probabilidade de conquistar avanços legislativos significativos e implementação de políticas públicas mais eficazes.
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