Atenção! Se o filho ou filha é muito sorridente porém não fala, se tem atraso no desenvolvimento, dificuldades de equilíbrio e com os movimentos, problemas para adormecer ou se acorda muitas vezes durante à noite, se tem constipação intestinal, refluxo no estômago, estrabismo e convulsões: procure seu médico, e pergunte sobre a síndrome de Angelman.
Seu médico poderá solicitar exames e encaminhá-lo para outros especialistas, assim como fornecer orientações sobre a estimulação adequada, que deve ser iniciada o mais cedo possível!
A estimulação precoce da criança é muito importante!
Procure orientação médica!
Lançada no Dia Internacional da Síndrome de Angelman, 15 de fevereiro de 2024, a "Campanha em Prol do Diagnóstico Precoce" - uma Iniciativa GAMAS - rapidamente viralizou organicamente no Instagram em nosso perfil @gabi.gamas.
O objetivo da Campanha é alertar sobre sintomas da síndrome e estimular pais e mães a buscarem orientação médica o mais rapidamente possível.
https://www.instagram.com/reel/C3GiBFDOMCk/?igsh=MXc0bGlqeDUxbjU4eQ%3D%3D
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Medicamentos contraindicados
Intervenção precoce
Aconselhamento genético familiar
A epilepsia está presente em 80% dos indivíduos afetados pela síndrome de Angelman, tornando crucial o manejo adequado das crises epilépticas. Alguns medicamentos tradicionalmente usados para tratar a epilepsia são contraindicados para pacientes com síndrome de Angelman, tais como:
Carbamazepina (comercializada como Tegretol),
Vigabatrina (comercializada como Sabril),
Fenobarbital (disponível como Gardenal, Luminal entre outros genéricos).
Estes medicamentos podem agravar a epilepsia em pessoas com síndrome de Angelman.
Medicamentos como a primidona e a fenitoína, menos prescritos atualmente, também são contraindicados para pacientes com a síndrome de Angelman.
Além disso, os medicamentos à base de ácido valpróico (como Depakene, Depakote e Valpakine), embora eficazes no controle de casos de epilepsia, têm sido associados a efeitos colaterais motores significativos que são particularmente preocupantes em pacientes com Síndrome de Angelman, onde já estão presentes naturalmente dificuldades neuromotoras.
O diagnóstico precoce é um modo de minimizar a exposição de pacientes ao risco de medicamentos antiepilépticos contraindicados para síndrome de Angelman.
O artigo "Abordagem Multidisciplinar e Consenso para Estabelecer os Padrões de Tratamento para Síndrome de Angelman" cita:
"Os anticonvulsivantes que provavelmente oferecem benefícios com efeitos adversos limitados incluem clobazam, levetiracetam e clonazepam. A recomendação de consenso é tratar com clobazam ou levetiracetam como terapia de primeira linha e considerar intervenção dietética, incluindo uma dieta cetogênica ou terapia de baixo índice glicêmico".
O artigo também comenta que em situações emergenciais de crises epilépticas prolongadas utiliza-se supositório de diazepam ou midazolan intranasal (o último não é disponível no Brasil).
A intervenção/estimulação precoce é essencial no desenvolvimento cognitivo e motor da criança com síndrome de Angelman. É fundamental a otimização da janela de neuroplasticidade da primeira infância. As terapias ajudam a maximizar as habilidades funcionais e a qualidade de vida, promovendo um desenvolvimento mais integral e adaptativo da criança. Converse com seu pediatra de acompanhamento para verificar a possibilidade de encaminhamento de sua criança para terapias de intervenção precoce como fisioterapia, terapia ocupacional, equoterapia, fonoterapia, comunicação aumentativa e alternativa, dentre outras.
Quando uma mulher porta silenciosamente a alteração genética — ou seja, ela carrega a alteração mas não manifesta os sintomas da síndrome — há uma probabilidade de 50% de transmiti-la aos filhos. Embora sejam raras, existem situações em que a Síndrome de Angelman pode ser transmitida hereditariamente. A maioria dos casos hereditários está associada aos genótipos de mutação e defeito no centro de imprinting.
Por isso, o diagnóstico genético precoce é crucial, não apenas para confirmar a presença da Síndrome de Angelman no indivíduo, mas também para fornecer aconselhamento genético adequado antes de uma próxima gravidez. Esse aconselhamento é fundamental para orientar as decisões de planejamento familiar, permitindo que façam escolhas informadas sobre ter mais filhos, avaliem as probabilidades envolvidas e considerem as opções disponíveis, tais como a fertilização in vitro, que, combinada com diagnóstico genético pré-implantacional, oferece uma possibilidade de evitar a transmissão da condição para a próxima geração.
Para saber mais sobre aspectos da herediariedade na síndrome de Angelman, clique aqui.