Indivíduos com Síndrome de Angelman enfrentam muitos desafios relacionados à comunicação. Eles têm uma boa capacidade de compreensão da linguagem, mas encontram dificuldades significativas para se expressar verbalmente devido à apraxia da fala. A apraxia da fala é um distúrbio motor que dificulta o ato de falar e pode complicar significativamente a articulação correta dos sons e palavras.

Na síndrome de Angelman este distúrbio motor decorre de uma questão neurológica relacionada à disfunção da expressão do gene UBE3A materno. Embora os indivíduos tenham clareza sobre o que desejam comunicar, eles enfrentam uma barreira: o cérebro não consegue planejar ou coordenar os movimentos necessários dos músculos envolvidos na fala, como os da mandíbula, lábios e língua, essenciais na articulação de sílabas, palavras e frases completas. 

Os indivíduos que não falam são frequentemente mal interpretados como sendo menos inteligentes ou tendo menor intenção comunicativa, o que é um enorme equívoco. Há uma frase famosa que esclarece:

Pessoas com essa síndrome geralmente são muito sociais e sensíveis aos sinais sociais, constantemente observando os que estão ao seu redor para compreender as interações e mudanças no ambiente. Essa atenção também se estende a rotinas, notando imediatamente qualquer alteração nos padrões habituais.

A hiperacusia também pode ser uma característica desses indivíduos, fazendo com que sejam particularmente sensíveis a sons que outros podem não perceber. 

A música, por outro lado, tem um papel especial, podendo ser usada para acalmar, concentrar ou alegrar essas pessoas.

Ademais, indivíduos com Síndrome de Angelman podem desenvolver ansiedade em relação a eventos futuros, mesmo que estes sejam positivos. Ensinar e reforçar habilidades de comunicação e adaptação pode ser crucial para ajudá-los a gerenciar essa ansiedade ao longo da vida. (Angelman Academy, 2023)